Rentabilização de leituras

Recentemente, questionaram-me: Quando defines as leituras da Comunidade, já leste os livros todos? Nenhum? Ou alguns?
Das várias experiências que já tive enquanto dinamizadora, nunca me aconteceu já ter lidos os livros todos a priori. Aliás, nunca tive essa pretensão, uma vez que considero que um dos factores de identificação com os participantes é estar também ao seu nível. Ou seja, não saber o que se espera de um livro ou o que se poderá encontrar de profundamente pessoal nas suas páginas. A sinceridade da descoberta simultânea.
A situação contrária, não conhecer nenhum dos livros propostos, deu-se recentemente ao fixar as leituras para o próximo ciclo da Comunidade da Penha de França, quando constatei que todos os livros serão novidade para mim e que apenas percorri obras de três dos autores. Ou seja, este ciclo será de uma grande descoberta e o meu percurso, em relação ao dos restantes participantes, só irá variar nos timmings de leitura, porque alguns lerei antes das datas limites definidas.
A experiência habitual, se possível, é, no entanto, tentar rentabilizar algumas leituras anteriores. Até porque nunca seu qual será a minha circunstância de leitura durante o ciclo que se segue. Se possível, tento “precaver-me” com uma leitura de avanço por trimestre. Pode não parecer muito, mas, por vezes, é o suficiente para evitar a sensação de leitura obrigatória que nos assola de quando em quando. 


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