Ah, é sobre a condição humana!

Esta é a pior frase que me podem dizer como apreciação de um livro. Porquê? Porque toda a literatura versa sobre a con(tra)dição humana. Aliás, tal como muitas outras disciplinas do saber. Então, qual a diferença? A diferença está no seu ponto de vista.
Qual o ponto de vista da literatura? O homem, enquanto individuo, em confronto consigo, com o(s) outro(s), com o que o rodeia. Os seus sonhos, as suas angústias, as suas dúvidas, as suas ansiedades, as suas aspirações. O individuo que não se enquadra necessariamente em nenhuma das gavetas do conhecimento ou se divide por imensas e, como tal, nenhuma delas pode dar conta da sua diversidade ou amplitude total.

Então, dentro da óbvia con(tra)dição humana, que transversalidade é abordada, que questões são reflectidas, a que ansiedades do futuro se procuram dar respostas. É isso que me intriga e me motiva na literatura. E fico triste quando não a atinjo e fico triste quando outros não a atingem.

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